A chilena Latam divulgou, na noite de ontem, que pediu à justiça de Nova York uma nova postergação do prazo de exclusividade para apresentar o seu plano de reorganização aos credores. O novo prazo é 26 de novembro.
Esta é a quinta vez que a Latam, que está em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, pede a prorrogação, que ainda precisa ser validada pelo tribunal americano.
“Esta solicitação dá suporte à continuidade dos avanços das negociações com as diversas partes interessadas no processo”, afirmou a empresa, em nota.
A data tem sido acompanhada de perto pelo mercado brasileiro, uma vez que a concorrente Azul já deixou clara suas intenções de fazer uma proposta aos credores para ficar com a operação da chilena no Brasil. Qualquer movimento por parte da rival brasileira, entretanto, não deve ser feito antes de a proposta oficial da Latam ser posta à mesa. A companhia aérea rejeita a ideia de venda para a Azul.
O prazo em vigor para a Latam apresentar com exclusividade seu plano venceria amanhã. O limite para que seja aceito por parte dos credores seria 15 de dezembro de 2021. Pela lei americana, a empresa tem até 18 meses para apresentar o plano com exclusividade - o período vence exatamente em 26 de novembro.
A empresa divulgou ontem uma das propostas de financiamento recebida de um grupo de credores, como parte do processo de sua recuperação judicial.
A proposta, que implicaria em redução expressiva da participação dos atuais acionistas no capital da companhia, não deve servir de base para o plano a ser apresentado pela aérea aos credores, conforme apurou o Valor.
A Latam entrou em recuperação judicial com uma dívida de US$ 17,96 bilhões. Durante o processo, a empresa conseguiu (via financiamento DIP) US$ 3,2 bilhões com acionistas controladores e credores, divididos em três tranches (A, B e C). Até agora, a Latam sacou US$ 1,65 bilhão das tranches A e C, enquanto a B ainda carece de aprovação.
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