A companhia aérea Azul mostrou recuperação importante no quarto trimestre. Registrou um recorde na receita de R$ 3,7 bilhões, alta de 109% na comparação com 2020 e de 14,7% em relação a 2019.
O ganho foi amparado sobretudo pela alta de 13% na tarifa média, contra 2019, para R$ 474,40. Em relação a igual período de 2020, o salto foi de 54,6% na tarifa.
A Azul reportou um prejuízo líquido de R$ 945,7 milhões no quarto trimestre, revertendo o lucro líquido de R$ 543,4 milhões em igual trimestre de 2020. Os executivos explicaram que a última linha refletiu impactos do câmbio e petróleo e que, operacionalmente, a empresa teve um bom resultado.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 1,03 bilhão, alta de 432,5% em relação a igual período de 2020, mas queda de 16,5% na comparação com 2019, quando não havia pandemia.
Foram transportados 7,1 milhões de passageiros, alta de 43,8% contra 2020 e apenas 3% inferior ao registrado em igual trimestre de 2019. A retomada da demanda corporativa deve colaborar para a Azul “voltar ao zero a zero” nos seus resultados após o caos provocado pela pandemia, disse seu presidente John Rodgerson.
O diretor vice-presidente de receitas da Azul, Abhi Manoj Shah, disse que 70% do mercado corporativo de grandes empresas já foi retomado. As tarifas corporativas estão entre 30% e 40% mais caras do que antes da pandemia.
Sobre as investidas para comprar a concorrente, Latam, em recuperação judicial nos Estados Unidos, Rodgerson deixou o tema em segundo plano. “Vamos olhar e ver se há oportunidade. Não estamos ativamente brigando para entrar”, disse o executivo. O grupo espera registrar um Ebitda de R$ 4 bilhões neste ano e prevê investir R$ 1,5 bilhão, equivalente ao de 2019.
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